Cintia Caciatori
4 min
Atualizado: 11 de jul de 2023
O Arquipélago de San Blás é com certeza a definição de paraíso na terra. Trata-se de uma comarca indígena chamada Kuna Yala localizada no Panamá. Como faz parte da costa caribenha do país, a cor da água é fantástica. Eu particularmente sou apaixonada pelo azul do mar do Caribe, e conhecer San Blás foi como viver um sonho!
O arquipélago conta com 365 ilhas, uma para cada dia do ano. Muitas delas inclusive são desabitadas, porém há 1 ilha chamada Chichime que possui moradores locais e eles recebem nós turistas. A ilha possui várias cabanas estilosas onde pode-se passar quantos dias desejar. É considerada a mais estruturada do arquipélago e por este motivo resolvemos fechar o passeio nela. Nosso pacote incluiu transfer ida e volta, almoço, jantar, pernoite e café da manhã.
Saímos às 5h da Cidade do Panamá e chegamos quase ao meio dia. Foi bem cansativo. É preciso atravessar uma serra com muitas curvas, vimos muitos carros parados com pessoas passando mal. Eu mesma fiquei enjoada. Os carros são 4x4 pra conseguir chegar até lá. É praticamente tudo asfaltado, mas muito detonado, com buracos enormes. Subidas e descidas muito íngremes. Não recomendo ir dirigindo por conta.
Depois de enfrentar a primeira parte do trajeto de 4x4 chegou a hora de pegar o barco.
Demoramos mais do que o normal pois paramos para abastecer. Levou quase meia hora, depois mais algumas paradas em outras ilhas para pegar e deixar mantimentos. Foi a lancha pinga pinga (risos). Eu fiz um vídeo de tudo, vale a pena assistir:
Com o passar do tempo a água começou a mudar de cor, cada vez mais clara e azul. Golfinhos rodearam a nossa lancha e cada ilha que avistávamos era mais cinematográfica do que a outra.
Chegamos à ilha Chichime e fomos muito bem recebidos. Mostraram todas as instalações e nossa cabana bem na beira do mar. Largamos a mochila e tratamos de aproveitar o paraíso!
Fazia parte também do nosso pacote uma volta de lancha por outras ilhas próximas:
Ina & Pelicano Island e Naranjo Grande “Sol y Playa”. Por último paramos nas piscinas naturais, era só pular do barco e nadar. A cor da água é indescritível. Só assistindo ao vídeo e vendo as fotos para entender:
Já de volta a Chichime, curtimos cada cantinho da ilha. Em 40 minutos é possível dar a volta na ilha toda. Fizemos tudo com calma e curtimos o entardecer. O pôr do sol foi inesquecível.
Depois que anoiteceu fomos jantar. Havia outros turistas e conversamos bastante antes de ir dormir.
Infraestrutura
A ilha não possui energia elétrica. O “restaurante” é uma construção bem simples, possui cobertura, mas não há paredes. Há duas mesas bem compridas onde todos sentam juntos para fazer as refeições. Muito legal para interagir e conhecer todo mundo.
A cozinha está anexa ao restaurante. Num botijão de gás conectam um fogareiro para fritar peixe, lula ou lagosta. O restante do cardápio é salada.
Eles devem ter algum gerador que fornece energia elétrica somente na cozinha. Nas cabanas e banheiros não há.
Os banheiros são compartilhados. Claro que só água fria. Há alguns bacios, mas é preciso jogar água depois de usar, já que não há descarga e nem saneamento básico.
Quanto custa
Transfer por terra ida e volta USD 70,00
Taxa para entrar na reserva indígena Kuna Yala USD 23,00.
Cabana privada com banheiro compartilhado USD 50,00 /dia
Transfer barco ida e volta USD 30.00
Inclui 3 refeições
Total USD 173,00
Detalhe super importante: Tudo em dinheiro vivo!
O pagamento não é feito tudo de uma vez só, mas sim na sequência como listei acima. Primeiro para o motorista do carro, depois para o policial da entrada da reserva e assim por diante.
Para maior comodidade há os tour fechados
O que levar
Passaporte. Nenhum tipo de bebida é incluído no pacote, é importante levar bastante água. Lá eles vendem alguns tipos, como cerveja e vinho. Eu levei umas bolachinhas também para comer entre as refeições principais.
É permitido levar bagagem de até 11kg. Até porque o carro e o barco estão sempre na capacidade máxima. Confesso que vi um casal com bebê e eles estavam com 2 malas enormes, mesmo assim o motorista ajustou para dar tudo certo. Eu deixei minha mochila grande no hostel e só levei uma bolsa pequena.
Ponto negativo
Infelizmente, quando caminhamos pela ilha encontramos bastante lixo em alguns pontos. Além dos turistas, os moradores parecem não ter conhecimento sobre a separação do lixo.
Percebi que misturavam latinhas de alumínio com cascas de alimento, por exemplo. Não sei ao certo como fazem a coleta, mas me pareceu que deixam em alguns pontos da ilha ou talvez joguem no mar.
Quem já leu outros artigos que escrevi aqui no Viaje24h sobre o Panamá, já sabe que a questão do lixo nas cidades é bem séria. A impressão que dá é que a coleta nas cidades não supre a demanda.
Mais uma vez quero deixar claro que foi um sonho conhecer o arquipélago de San Blás. Valeu cada segundo. Mesmo assim, eu sempre sou honesta sobre toda minha experiência. Até porque nada é perfeito e nem por isso deixa de ser maravilhoso!
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