Eu cheguei ao Cairo depois de passar por Roma, confesso que estava ansiosa, pois sabia que lá seria tudo bem diferente (costumes, religião, maneira de vestir, etc) sem falar que quando fui, em janeiro de 2014, o país estava num período bem delicado, preparando-se para o referendo constitucional e para novas eleições presidenciais depois da derrubada do presidente Morsi. A única programação que eu tinha feito era a reserva do hotel e o transfer do aeroporto!
Primeira dica: Não se preocupe com visto, você tira na hora que chega lá.
Segunda dica – Hotel cinco estrelas equivale no Brasil no máximo um de três. Então a melhor pedida é ficar num de cinco mesmo, e naqueles que são redes internacionais. Fiquei no Mercury, paguei um preço justo e não era sujo, além de ser do lado da Necrópole de Gizé.
Nota: Quando cheguei ao hotel, já estranhei o detector de metais na entrada (como aqueles de agência bancária) depois vi que era super normal, até em shopping tem! Lá não dá de bobear, ainda mais em tempos de guerra civil.
Terceira dica – Contrate alguma empresa de turismo pra levar e trazer você na porta do hotel, nunca ande na rua por conta própria. Até porque lá não existe transporte público decente e o trânsito é um caos (mas não desanime, pois é fantástico conhecer tudo isso!).
A mesma empresa que fez o nosso transfer do aeroporto para o hotel já ofereceu seus serviços de turismo e na mesma hora já fechamos os valores para no dia seguinte cedo começarmos a conhecer os pontos turísticos. Foi tudo muito simples de resolver! Contratamos um guia e um motorista e eles passavam o dia com a gente, levando pra cima e pra baixo.
Quarta dica – Esse negócio de ficar com os cabelos cobertos não tem necessidade, ainda mais no Cairo que é uma cidade bastante turística. Porém quando for entrar em certos lugares, como, por exemplo, as mesquitas, é legal respeitar o costume deles. Nunca ande de perna de fora e decote, quanto mais coberto melhor. Um lenço ou cachecol quebram o galho.
Mas no litoral é outra história, viu? Estive Sharm El Sheikh e lá o modo de vestir é como nas praias brasileiras. A única diferença é que volta e meia a gente encontra umas mulheres todas tapadas dos pés até a cabeça naquele super calor!
Quinta dica – Diga não! Todo lugar que você coloca o pé tem alguém querendo te vender alguma coisa! É sério, é de uma insistência terrível, que chega atrapalhar o passeio. Há momentos que a gente precisa até ser meio grosseiro, pois não tem como comprar de todo mundo, infelizmente.
Já esse menino da foto acima era uma simpatia que só vendo e tinha um inglês muito bom! Triste foi quando eu perguntei se ele ia pra escola e a resposta foi negativa.
Sexta dica – É bom ter cuidado com a alimentação, tomar água sempre engarrafada, evitar sucos e alguns tipos de comidas. Eu preferi não comer carne, apesar dela ser bem presente na culinária de lá.
O nosso guia sempre dizia que estava nos levando num ótimo restaurante, e eu sempre achava meio sujinho. Então tenha cuidado pra não estragar a viagem com nenhuma intoxicação.